Wednesday, July 12, 2006

Insomniaque

Madrugadas insones.
Com o tempo se aprende a transformar letras em garranchos para ver se assim é possível transcrever com a rapidez do pensamento.
O frio da cozinha, a sombra, a meia-luz, o cigarro aceso e o tilintar do relógio: o ambiente mais que ideal para narrar um fato.
Fato esse que nem ocorreu, nem ocorrerá.
A poesia é uma prosa desconexa, não há necessidade de personagens, nem tempo, muito menos espaço.
Mais um trago e o cigarro já queima por completo.
O tempo, nesse instante, é relativo: basta uns rabiscos, um piscar de olhos para que a noite termine.

E a insônia,
permanece.


10/01/06