Tuesday, January 30, 2007

sementes de abóbora

Estranha sensação de estar crescendo.
Ver nas páginas que outrora te sussurravam segredos sobre as construções alheias, a própria construção, o próprio mistério desvendado.
É como ver aquele filme de 1999 em 99. Era tudo tão 90´s, tão próximo, tão palpável e hoje, menos de dez anos depois, é somente um bloco de legos multicoloridos que se enxerga claramente o lugar das peças. Antes uma cidade, hoje um brinquedo.
Acontece com os diálogos também. Torna-se claro que os diálogos não dialogam por si só, mas sim, mediados por atuações e fincados em experiências do passado, escritas num roteiro.. Raras vezes em tempo real, naqueles insights que se divide com o outro no momento em que surgem. Quase sempre monologáveis, por vezes compartilháveis e raramente, telepáticos.

[buscando os telepáticos]

Amores de carência que transbordam além das margens do "preciso", "quero" e "quero precisar".
Amizades de refúgio, de [pseudo-auto]controle, de posse, de fruir a imagem em sombras. São somente silhuetas...

Preciso de closes no cinema.