Sunday, September 21, 2008

Too young to hold on, too old to just break free and run.

Se tivesse vinis, se ouvisse a música, se houvesse apenas, não somente, mas apenas, um blues não tão blue.
Se tivesse vivido no tempo dos tempos, se houvessem contratempos, ah! se houvesse harmonia..
Se cedo tive ésses pro plural, se cedo tivésses me dito que, o que digo, não o que faço ou que falo, mas aquilo que escapa em deslizes verbais, ah! se tivésses me ouvido, veria, que tudo que vivi escapou pelos versos.
E se tivéssemos versos! você sabe, se tivéssemos visto por entre os vestidos os encontros no esbarrar dos tecidos, dos botões, do suplício do aviso. Se houvesse símbolo, afinal.
Signos, ao final,
ou epifania, ao sinal.

Se desse pra ouvir a música do LP fundido na agulha, dos tempos em que não havia mais LP, num marasmo banal de romantismo, se tivesse dado pra ouvir tudo aquilo que se diz ouvir apenas nos LPS,

talvez até desse mesmo, não sei, nunca ouvi.

Esperava pacientemente o partir. O momento que me diria que iria me deixar, ali, procurando o artesanato dos discos. Já são onze, enfim. Ainda não foi agora, embora eu precise de-ses-pe-ra-da-mente que me deixes, aqui, me encontrando com a mentira dos livros.

2 Comments:

Blogger Rafael Carvalho said...

vinil tem margem dinâmica menor, uma tonelada de chiado, ruído e não tem grave direito

não tem base. não tem estrutura, só tem uma arte mais bonita e mais visível [aqui se lê "quem vê cara não vê coração"]

sempre preferi os cd's.
são da minha idade, podem ter calor análogico e definição digital ao mesmo tempo, estão fora de moda pelos saudosistas [o que faz eu ficar seguro pq eu sei que serão meus] e tem lá a sua beleza.

10:09 AM  
Blogger João said...

Há os que ouvem pelo dito, e os que ouvem pela sugestão. Não sei o que mais bonito, e, muito menos, se isso é verdade.

5:55 AM  

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