Thursday, June 29, 2006

Trago a ti.
Assisto à última chama apagar,
esperando que reacenda,
esperando que seja o último trago.

Tuesday, June 27, 2006

Espero,
(des)espero.
Tempo áspero e indigesto.
Sinto um gesto sincero
e assim selo nosso pacto:
suprimir os segundos sem olhar pra trás.
Sem saber se vale a pena.
Apenas.
Há de haver algo a ver,
Algo que a versão de mim
não cegue.

Não segue.


Monday, June 26, 2006

Lia por entre as linhas.
Entrava pelas entrelinhas.
Alinhava o que lia aqui, ali
e costurava com um fio fino,
as linhas do destino.

Sunday, June 25, 2006

O móbile de prisma refratou a luz que entrava pela janela.
Quebrou em milhões de pequenas luzinhas.
Dançaram, pararam, dançaram.
Fugiram para cada canto do quarto,
atravessando os poréns chamados obstáculos.
Aos olhos me escapou,
não pude perceber,
talvez pelo excesso de percepção que a realidade exija.
Visto com olhos de quem não vê,
não passava de um quarto escuro,
com feixes luminosos.
Visto de cima,
estava iluminado.

Wednesday, June 21, 2006

Você riu,
disse que eu estava louca,
que nunca me esqueceria.
Seu riso ecoou,
confortou,
mas não foi suficiente.
Me esqueceu.

Saturday, June 17, 2006

Acordei com vontade de abraçar o mundo,
Mas não cabia de greenwich pra cá.
Fiquei então com a metade de lá,
A metade que me completa, na qual você está.



mas faltava algo em mim que não era você.