Monday, April 23, 2007

Insistindo...

As músicas mudam de forma com o passar do tempo.

Não é grande novidade, a não ser quando foi você quem a compôs.
E é aí que a frustração aparece. Pensar que cada nota e cada sílaba que outrora serviram pra me fazer sorrir, assim, sem querer, hoje são impulso pra fumar ou beber ou dançar. [Não com o mesmo caráter lúdico.... nem lúcido.]

Que faço eu com essa música?
Vontade de jogar fora não me falta. Que direito tinha eu de eternizar um momento que obviamente não seria eterno? Egoísta comigo, com as palavras, com a melodia, com o tempo circular. Com o tempo atemporal.

Foda como esses posts tão ficando cada vez mais pessoais e melancólicos.
[Será que estou sendo igualmente egoísta com o eu de amanhã que verá todos esses posts com o mesmo asco e fumaça que a música me causou? não sei.]

Troco o egoísmo pelo vomitar-palavras-de-sentido-limitado.

Saturday, April 07, 2007

Os caras que inventaram as coisas muito legais!

Escrever neste momento soa um pouco amargo. Talvez o gosto de absinto que se encontra no meu corpo ou em algum lugar da minha memória. Mas ainda assim é o meio de fazer os turbilhões cessarem. E mantê-los sempre vindo me visitar ocasionalmente.

As noites mal dormidas estão começando a manifestar consequências. Acho que sutilmente, claro, estou entrando num novo conceito de percepção do que acontece.
Tudo está sempre em terceira pessoa. Isso me irrita profundamente... Como são poucas as pessoas que não agem, não dialogam e não atuam em terceira pessoa. [Falo da vida, não de filmes. Perdi a habilidade de falar de filmes...*]

Então é isso. Diário de bordo.
Ressaca, dor na área do cérebro que emite o sentimento 'saudade', o sentimento de liberdade pós-libertação, [sempre sempre na retomada da consciência e que você diz: Isso acabou. E acabou porque tinha de acabar. Não foi você quem foi livre o suficiente pra escolher ir embora. Te mandaram e acabou. ] entre outras coisas que se sente depois de uma noite luminosa.